Diversos estudantes que participaram do Enem 2023 recorreram às redes sociais para expressar suas preocupações em relação às notas discrepantes recebidas na prova, direcionando questionamentos ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e ao Ministério da Educação (MEC). A principal controvérsia está centrada na disparidade entre a quantidade de acertos e as pontuações atribuídas pelo Sistema de Avaliação de Resposta ao Item (TRI).

Uma estudante compartilhou no X, antigo Twitter: "Obtive 610,4 em Linguagens com 43 acertos", ressaltando que o bloco de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias engloba um total de 45 questões. Outra estudante expressou sua perplexidade: "Nunca vou entender o TRI, a cada ano fica ainda mais injusto (...)". A hashtag #RevisaEnem ocupava a oitava posição entre os tópicos mais comentados no Brasil no momento em que estas informações foram redigidas.

Trends24. Disponível em: www.trends24.in/brazil/. Acesso em: 17 jan. 2024.

A Teoria de Resposta ao Item (TRI), implementada desde 2009, visa avaliar o conhecimento dos participantes ao estimar o nível de dificuldade das questões. Em resumo, as perguntas possuem pesos distintos, sendo que cada uma das 180 questões é classificada como fácil, média ou difícil. A nota final é resultante da combinação do nível de dificuldade das perguntas com a coerência das respostas dos estudantes.

Até o momento da redação desta notícia, tanto o INEP quanto o MEC ainda não se pronunciaram sobre o assunto. Vale destacar que o Enem 2023 foi realizado nos dias 5 e 12 de novembro do ano passado, contemplando 2,7 milhões de participantes.